quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Estou bem grande para esse negocio de "faça o que eu falo, nao o que eu faço". Se quiser dar lição de moral, bom que voce seja exemplo no que diz.

Eu, que nao sou exemplo de nada, prefiro dar é risada. E nao lição de moral.

Sem mais que vou la rir. Dessa vez, dos outros, claro.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Eu sempre fui muito intensa. E ao mesmo tempo, sempre convivi com um enorme medo de sentir. A ponto de ignorar meus sentimentos, de alija-los, coloca-los em um canto seguro, dentro de uma caixa de Pandora, que me permitisse tocar a vida até que nao pudesse mais esconder de mim mesma. Como típico de quem vive assim, o sentimento explodia e descontrolado tomava a força de impulsão, de jorro, de estouro. Momento em que eu saia de mim e sentia tudo tão clara e plenamente que não conseguia mensurar ser mais assustador sentir ou sufocar.

Eu me perguntei tantas vezes se deixar o sentimento tomar forma aos poucos e ir me acostumando com ele nao seria melhor do que esperar tudo explodir e ir aqui e acolá catando meus cacos e tentando me acostumar com o que surgiu, com esse Big Ben gerando galáxias de sentimentos para os quais não me preparei.

Penso que talvez seja chegada a hora de abandonar o "Nao quero contar nem a mim mesma certas coisas", da Clarice Lispector, para uma postura mais leal comigo mesma. Falar-me a verdade. Ainda que só para mim, devagar. Pequenas palavras de realidade a cada dia. Permitindo-me ver o sentimento chegar manso e calmo, ao invés de invasivo, bagunceiro e desnorteador.

Será que estou finalmente pronta e madura para esse pacto? Eu penso que sim. Então vamos vivendo os sentimentos em pílulas diárias, com a constância e a calmaria que a tal da maturidade costuma trazer. Let's try.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Da arte de produzir atos falhos

Capítulo 1: Diálogos no msn

Discutia com um amigo sobre sair com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Claro que eu estava alardeando a minha tendência a monogamia nestes casos. E obviamente comentava sobre o quão ansiosa isso me deixava. Antes do ato falho, que roubou qualquer moral para prosseguir no assunto, claro. Confiram abaixo a minha capacidade de destruir argumentações e, ao mesmo tempo, deixar escapar o real comportamento por trás da situação:

Deds diz:
Mas eu qdo m envolvo e m empolgo so tenho olhos p mim
Ops
Pro cara
Fred... diz:
putz, depois desse ato falho eu paro
Deds diz:
Hahahaha
Provou seu ponto?
Fred... diz:
sério, parei a conversa! foi dos melhores q eu já vi!!!
Deds diz:
Hahaahaha
Pq?
Fred... diz:
provou e comprovou e ainda reconheceu firma
Deds diz:
Hahahaha
Eh o problema todo sou eu mesma
Fred... diz:
pq é isso, qm não se aguenta é pq no fundo tá mt preocupado é com as próprias dificuldades, com a própria ansiedade. olha tanto pra si próprio, pro que pode acontecer consigo próprio que não consegue esperar as coisas andarem por si sós...
Deds diz:
Eu sei. Dia desses aprendo a lidar.


O interlocutor é o F.B., a quem já dediquei uma prosa poética tempos atrás. Alguém que ainda hoje marca cada vez que passa pela minha vida. Ainda que via msn.

(Eu estava no msn via celular e TIVE QUE PEDIR para ele me mandar esse trecho do diálogo, claro. Isto tinha de virar um post.)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

2 posts por aqui num dia só?! Isso mesmo! rs Eu estava há dias com um post pronto no celular sobre dançar. E resolvi postar hoje, já que passei por aqui.

La vai:

Eu adoro dançar. Pode ser boate, dai prefiro um hip hop ou então baile de dança. Sempre que vou a este segundo penso em montar uma cartilha, com dicas para transformar a sua noite e a dos outros em algo legal rs. De fato, minhas dicas sao mais direcionadas aos cavalheiros para fazerem as damas que vão conduzir pelo salão mais felizes rs:

- Não vá de regata. Dependendo da posição da mão e da altura da dama, ela pode acabar com a mão nas suas axilas. Não é legal;

- Pergunte nosso nome. É questão de educação e provavelmente em um baile não vamos achar que voce está dando mole.

- Vá cheiroso e com desodorante em dia. Não ia nem falar nisso porque acho excesso de zelo, mas não custa mencionar.

- Não aperte a mão direita da dama demais. É uma mãozinha e nao uma batata cozida para se fazer pure;

- Salão não é local de aula de dança, salvo se voce tiver intimidade com a dama. Ela não acerta o passo? Ou ela não sabe fazer ou voce esta conduzindo mal. Pare de fazer o passo e faça os que funcionam.

- Não gostou de dançar com a dama? Espere a música acabar e ai então agradeça pela dança e se despeça. Só.

- Nada de se engraçar e ir descendo mão para alisar a dama ou aproxima-la demais. Se não sabe dançar educadamente não vá ao salão. Dança pode dar tesão, mas ali não está a dama te oferecendo preliminares gratuitas.

- Damas podem passar a noite inteira dançando com voce ou aceitar mil danças e não querer te beijar na boca depois. É normal. Veja pelo lado positivo e fique feliz porque é sinal que voce dança bem.
Meu problema é a constante sensação de que deposito minha felicidade em mãos alheias. Como se eu, por conta própria, não me bastasse para ser feliz.

A consequência? Decepção. Afinal, a única pessoa que não tende a nos decepcionar somos nós mesmos.

Mas não dizem por ai que é impossível ser feliz sozinho? Eu continuo tentando.