sexta-feira, 30 de abril de 2004

Mais show do Celtha na Lapa. Desta vez com o Refugio.

Vai a familia toda: meu pai, que voltou do Sul, minha mae, eu e minha prima.

A Mari vai com a gente.

Depois conto como foi.


Uma musica para o dia de hoje. E nenhuma explicacao. Tudo que precisa ser dito esta ai...

Trac-Trac (Track-Track)
Paralamas do Sucesso

Não, não passa o tempo
Ao menos para mim
Tomo comprimidos e sigo sem dormir
Vejo tantos portos, não há onde atracar
Já não existem laços, alguém cortou
Trac trac trac

Todos os perfumes, todo aquele lugar
Todas as misérias, tudo mais que há
Cada movimento do sol sobre você
Cada móvel velho e cada anoitecer

Dá-me tu amor, solo tu amor
Solo tu amor
Dá-me tu amor, solo tu amor

Poucas garantias há para nós dois
Nada nesse mundo tem tanto valor
Todos os vizinhos parecem saber
E lançam seus olhares sobre eu e você


Veio todo mundo, a rádio e a TV
Veio o comissário, anjos do céu também
Todos querem algo, sangue ou não sei quê
Todo universo nada lhes dá mais prazer

Yeah, yeah, yeah

Dá-me tu amor, solo tu amor
Solo tu amor
Dá-me tu amor, solo tu amor
Dá-me tu amor, solo tu amor
Solo tu amor

Dá-me tu amor, solo tu amor

terça-feira, 27 de abril de 2004

Com base no principio do "foda-se o que vao pensar", eu vou falar uma parada e com endereço certissimo, muito embora nao vah explicitar o(s) destinatario(s). Tudo isso porque estou de saco cheio.

Nao sou eu que cometo muitos erros e faco muita besteira. Todo mundo faz, a diferenca é que para algumas pessoas, eu dou ibope. Vira um prazer enorme falar da minha vida, so pode ser.

Algumas pessoas parecem prestar mais atencao nas coisas que eu faco do que na vida delas proprias. LOL (laughing out loud) De repente a vida delas anda desinteressante... Mas isso é so uma suposicao.

Nao entendem o q eu faco, ouvem metade da historia, deduzem outra parte e fofocam o resto... E ai da no que dá...

Ficam ligados em cada passo meu e acabam pensando coisas sem elementos para concluir. Veem o trailer do filme e acham que sabem da historia.

Eu vivo a minha vida como me convem... Mas tenho uma enorme preocupacao de nao magoar quem esta perto de mim e so quem esta perto sabe disso.

E se eu nao devo nada a ninguem e nao acho que agi errado, nao vou ficar me defendendo, esclarecendo e fazendo cartilhas do meu passado para todos entenderem. Muito menos pedindo desculpas. Nao esperem isso de mim.

O meu passado a mim pertence e a vida é minha. Tudo assunto meu. Se alguem tiver duvidas, quiser conversar, fique a vontade.

Mas que deem a cara a tapa e parem de fofocar sobre o que nao sabem.

domingo, 25 de abril de 2004

Brecha
(Maximiliano Iabrudi)

vivo mas nao sei a hora e nem sei quando me enganar
o que ela me diz
o que eles olhos nao faz sim
fico sim
sem cantar pra mim

minha lagrima nao cai
pergunto novamente qual a frase do dia
escuto na sequencia a mesma boca que briga
e grita

canto mas meu tom me manda embora
eu canto para voce
meu tom nao importa

ela sabe fazer dormir
sabe sim
agradeco a deus a rosa que me deu
jogou para mim

hoje vou ficar com ela e
no rio da favela e
por aqui nao ha corais nem peixes amarelos

tomara minha flor tomara
chover toda manha
toda poca na calcada seja nosso espelho

agradecer a deus o valor de uma brecha que for
de uma brecha que for



Estava devendo para voces a letra de uma musica... E essa musica eh linda e nao tem saido da minha cabeça. É da banda "Marcelo Dourado perdeu no paredão". Hahhahaha To de zoeira... A musica é da banda Refugio, que toca com o Celtha.

Ah, e a musica é dedicada ao "amado amante". Hahahahahhaha Mais zoeira. Mas ele sabe que é para ele... :)

Alias, neste fim de semana tem novo show na Lapa... Celtha + Refugio.
Eu nao devo estar mesmo muito bem hoje.

Resolvi ficar em casa em pleno sabado a noite. Sai a tarde, mas acabei voltando para casa.

Tinha ate uma parada maneira para ir com varias pessoas legais, mas preferi ficar aqui pensando... Quietinha no meu cantinho.

E a chuvinha que cai ajuda a criar o climinha reflexivo.

Mas eu queria mesmo é que ela lavasse minha alma e desanuviasse meu coração.

sexta-feira, 23 de abril de 2004

Ha amor e isso eh inegavel. Nao falo daquele amor romantico, idealizado, o mitologico "seremos felizes para sempre". Nao esperaria jamais isso de mim; essa nao seria eu.

Falo de um amor que se sente pelas qualidades e ate mesmo pelos defeitos de uma pessoa. Amor por tudo que torna aquele ser unico, especial e nao apenas mais um. Abrange a amizade, mas esta além. É um sentimento por se dizer ate autonomo - eis que nao vem condicionado a nenhuma circunstancia, nem motivado por nada; o "gostar de graça -, um gostar muito claro de alguem, uma completude de almas que dispensa ate a avaliação do amor romantico, como figura do sexo oposto. Aproxima-se pela afinidade, pela compreensao do outro. Transcende-se a questao carnal e busca-se olhar para a alma de cada palavra dita, para intenção reconhecida em cada gesto.

Mas esse sentimento, ate para mim que o sinto, ainda é dificil e novo de se compreender. Mais dificil ainda de se explicar.
No entanto, o merito do sentimento é senti-lo; sua beleza nao reside em sua explicação - graças a Deus.

Sinto e sou feliz assim.
Talvez a beleza esteja, neste momento, em reconhecer que amo.

Dou o braço a torcer e a cara a tapa.
Das coisas que se passam no mundo dos computadores, certamente uma delas eu nunca serei capaz de entender:

Como é que pode um programa ou mesmo um equipamento ao computador conectado funcionar tao bem em um instante e no instante seguinte, sem que voce tenha feito nada alem de mexer seu mouse, nao funcionar mais?

Nao, eu nao consigo entender essas coisas MESMO.

quarta-feira, 21 de abril de 2004

Interludio 4

Ja havia um tempo que os dois nao estavam mais juntos. Ela finalmente tivera um impulso de coragem e pusera fim em tudo. Mas viam-se todos os dias e isso era inevitavel.

Na verdade, o que era inquietante e ao mesmo tempo acalentador era saber que o teria por perto durante muito tempo. E sim, ele ainda era o seu amigo de sempre.

Em inumeras conversas, ele pedia para continuar a ve-la. Dizia-lhe todos os elogios que encantariam e ainda aqueles que enrubresceriam a face qualquer mulher. Mas ela parecia firme em suas posicoes. Se as vezes as palavras lhe traiam e voltava a confessar seus desejos secretos, suas atitudes eram inegavelmente coerentes e fortes com tudo o que ja lhe havia dito.

Os dois estavam sozinhos no elevador. Ela foi para um canto e mantinham uma conversa animada. Ate que ele roubou-lhe um beijo.

Ela nao retribuiu e nao alterou a expressao de seu rosto, para a decepcao dele.

Perguntada o motivo, disse-lhe:
"Esse beijo representou algo tao dispare do que espero e quereria com voce que nao eh possivel que ele me desperte nada alem da saudade do que nao vivemos."

terça-feira, 20 de abril de 2004

Muita coisa para falar, mas os sentimentos ainda nao viraram palavras. Por hora, coloco aqui uma frase que li em um conto do Joao do Rio na semana passada. A leitura do conto foi sugestao de uma pessoa muito especial. E a frase tem tudo a ver...

Perdoem-me o latim:

Odeio e amo ao mesmo tempo. Talvez me pergunte por que acontece assim. Nao sei, mas sinto que eh assim, e sofro com isto.

(Odi et amo. Quase id faciam, fortasse requiris nascio, sed fieri senti et excrucior.)


Alias, acho ate que esta frase tem a ver com muitas pessoas que passam pela minha vida. Mas nem por todas sofro. (Nem todas merecem, nao eh mesmo?) ;)

domingo, 18 de abril de 2004

E o show na Lapa foi um sucesso. Todo mundo adorou. Muitos contatos, aplausos e tals.

Eu curti muito. Os meninos do Celtha ainda fizeram uma canja com o pessoal da banda de blues que tocou por la.

Eu e dona Mariana estavamos pregadonas e acabamos querendo vir para casa antes do final do show.

Parte disso eu explico: alem de ter dormido mal na noite anterior, eu acho blues muito chato para se ouvir por mais de 20 minutos. A banda que tocou era otima, musicos de excelente qualidade. Mas blues é chato pra caramba. Sem condicoes.

Mari veio dormir aqui em casa e pudemos aproveitar para colocar as fofocas em dia. Poxa, eu gosto tanto daquela menina e a gente se ve tao pouco! Omissoes de ambas as partes, claro. Mas agora devemos nos ver mais.

Ainda aproveitei e fiz uma sessao de auricoloterapia. Cara, que parada surreal! A orelha reflete os pontos do organismo e havendo um problema em algum orgao ou problema energetico, os pontinhos da orelha ficam doloridos... Dai eh batata: so ir checando os pontinhos e onde doer mais ja se sabe que ha problemas.

E doi mesmo quando se toca nos pontinhos. Dai coloca-se uma sementinha para estimular o ponto para que ele volte ao normal e por consequencia, para que o problema cesse. Eu ja me sinto como se o fluxo de energia corresse melhor.

Eu devo ter falado um monte de besteira sobre auricoloterapia. Espero que a Mari me perdoe hehehe.

O que eu sei eh que gostei da tecnica. Mari e suas maos de fadinha! :)

sábado, 17 de abril de 2004

O show de ontem do Celtha foi realmente maravilhoso. Adorei ter ido.

E toda a irritacao, o mau humor e a insonia passaram quando eu cheguei la. Fiquei vidradona nos shows.

Adorei ver a banda Refugio tambem. As letras das musicas sao lindas... Uma delas, de nome Brecha, estou louca para ter a oportunidade de colocar aqui mas preciso de autorizacao para os integrantes da banda e ainda nao pedi.

So sei que a musica nao sai da minha cabeca e saber de sua historia so me deixa mais feliz.

Bom estar com amigos e pessoas queridas.

Melhor ainda ver que fantasmas sao apenas fantasmas.

Cheguei em casa tarde. Voltei de trem + onibus. Da para acreditar? :) Almocei na rua e enrolei mais do que devia. Nao fiz nenhum trabalho, so fiquei no bate-papo.

Otimas e proveitosas conversas com a Mari (o link pro blog dela tá ai nos links ao lado e tem um texto lindo lá).

Vou me arrumar agora para ver outro show da banda, la na Lapa. Bom sabado para todos.

quinta-feira, 15 de abril de 2004

Sabe aquela epoca das nossas vidas em que tudo esta tudo meio paradao? Pois eh, tou numa fase dessas.

Alem disso, a faculdade consome cada vez mais meu tempo. Nao so por causa dos trabalhos e das proximidades com as provas, mas porque eu fui eleita representante de turma. E dai eh aquela correria de ligar pra professor, conversar com turma, redigir textos... enfim... uma loucura.

Dai o fato de estar escrevendo tao pouco no blog.


Sexta e sabado tem show do Celtha, banda do Eli e de outros amigos. Devo ir no de sexta feira que sera la na Casa da Zorra. O som dos caras eh muito bom. Nao eh porque sao meus amigos nao, mas eles sao otimos.

Alem disso, outra banda de amigos estara tocando na casa da Zorra: a galera do Refugio. Eles tem umas musicas lindas! :)

A banda Paradigma tambem estara por la. O som dos caras eh muito bom tambem. Fiquei impressionada no show que vi deles.

Parece que a sexta feira vai ser animada que so... :)))

segunda-feira, 12 de abril de 2004

Dialogo surreal para uma segunda-feira de manha:

- Nao entendo porque ele faz isso comigo!
- Porque ele gosta dela.
(silencio)
- Nao entendo porque ele faz isso com ela.
- Porque ele gosta de voce.
(silencio)
- Ele gosta de quem entao?!? Pelo visto, dele mesmo. Ah, entao vai tocar *unheta e me deixa em paz!

domingo, 11 de abril de 2004

A bela poesia que traz uma reflexao e, ao mesmo tempo, um alento para o meu coracao.


Pecado Original
(Alvaro de Campos*)


Ah, quem escrevera a história do que poderia ter sido?
Sera essa, se alguem a escrever,
A verdadeira historia da humanidade.
O que ha eh so o mundo verdadeiro, nao eh nos, so o mundo;
O que nao ha somos nos, e a verdade esta ai.

Sou quem falhei ser.
Somos todos quem nos supusemos.
A nossa realidade eh o que nao conseguimos nunca.

Que eh daquela nossa verdade — o sonho a janela da infancia?
Que eh daquela nossa certeza — o proposito a mesa de depois?

Medito, a cabeça curvada contra as maos sobrepostas
Sobre o parapeito alto da janela de sacada,
Sentado de lado numa cadeira, depois de jantar.

Que eh da minha realidade, que so tenho a vida?
Que eh de mim, que sou so quem existo?

Quantos Cesares fui!

Na alma, e com alguma verdade;
Na imaginacao, e com alguma justiça;
Na inteligencia, e com alguma razao —
Meu Deus! meu Deus! meu Deus!
Quantos Cesares fui!
Quantos Cesares fui!
Quantos Cesares fui!

* Alvaro de Campos eh um dos heteronimos de Fernando Pessoa. Heteronimo nao eh o mesmo que pseudonimo: "nome imaginario que um criador identifica como autor de obras suas e que, a diferenca do pseudonimo, designa alguem com qualidades e tendencias marcadamente diferentes das desse criador" (dicionario Houaiss).

Fonte: Jornal de Poesia

(Perdoem-me pela falta de acentos, mas o blogger nao esta reconhecendo os acentos que coloco e acabo tendo de editar tudo. Fica horrivel, eu sei. Mas se nao fica tudo com aqueles caracteres estranhos.)

sábado, 10 de abril de 2004

Sessao Pilulas: um sabado a noite em casa
(Discussoes sobre quem e o que esta na midia, cotidiano e tudo mais que me interessar ou nao)

A derrota total do sabado a noite eh assistir "Zorra Total" na televisao.
Sem condicoes.


O pior elogio para um modelito novo, com o qual voce esta se sentindo poderosa : "Nossa, a sua roupa esta perfeita para o que se propoe!" So falta mesmo aquela voz de vendedora de loja tentando te empurrar umas 2 ou 10 pecinhas.


Eu acho que ja falei isso aqui uma vez, mas repito: vem ca, quem foi que disse que a Daniela Cicarelli (nem sei se eh assim que se escreve) eh simpatica, divertida e tals? Alou, MTV! Ela fica melhor muda!


Em que pese a qualidade do Saia Justa (programa de um canal de TV a cabo) e as brilhantes composices de Rita Lee... A idade faz mal para o desconfiometro de algumas pessoas. Isso vale tambem para o Caetano Veloso e para o Gil, com ressalvas analogas.


Mas a Marisa Orth eh de uma inteligencia incrivel e que nada tem a ver com a sua personagem Magda. Vejam o "Saia Justa" e admirem!


Nao tem nada mais chato que gente que se acha unanimidade. Seja para o bem ou para o mal.


Eh feio, muito feio ir em festa de pessoas com as quais voce nao se da bem e aproveitar para falar mal da festa, das pessoas, do convidado, do universo. Livre-arbitrio, amigos! Nao gostou? A porta da rua eh serventia da casa!


Nao tem nada mais chato do que visita que vem sem avisar. E gente que nunca te viu na vida, fala com voce no telefone e so porque eh amiga da sua mae e de sei la mais quem da sua familia, acha que pode te pedir favores daqueles trabalhosos, te trata de amorzinho, docinho e ainda fica contando detalhes da vida pessoal.

Detesto intimidade forcada.

Eu nao sou o CVV (Centro de Valorizacao da Vida)!


Nao eh porque eu estou estudando Direito que conheco todos os dispositivos legais do ordenamento juridico brasileiro e tenho solucoes para qualquer problema que me apresentem. Nao me importo em ajudar, mas eu dou apenas sugestoes. E quando nao sei eu digo mesmo, nao eh ma vontade nao!


Quem acredita no Michael Jackson?


Que peste assolou a humanidade nos anos 80? Vejam registros da epoca! Vejam a moda e algumas coisas da musica. Depois conversamos a respeito. Ou melhor, nao conversamos. Vamos fazer um esforco coletivo para esquecer.


Eu a-do-rei a moda das flores grudadas nas roupas que vai invadir o outono-inverno! Ja aderi!

(Antes que algum purista de plantao me bata, sobretudo a Violinha, aviso logo: tentei acentuar mas nao funcionou aqui.)

sexta-feira, 9 de abril de 2004

Aquele tempo que damos para esquecer o outro quando terminamos um relacionamento é um tanto quanto complicado.

Partindo-se do principio de que o relacionamento terminou sem brigas e rancores, nao falar em absoluto com uma pessoa de quem voce tanto gosta, com quem passou tantos momentos preciosos da sua vida, é uma tortura. Ha uma estranha necessidade de se estar perto, apesar de tudo.

Mas ha de se respeitar o tempo alheio. O tempo que cada um precisa para se recuperar. Nao ha tempo fixo para tal. Porque o transcorrer do tempo se da de maneira diferente para cada um.

Confesso, no entanto, que meu coracao fica menor de saber que ele ainda sofre e longe esta.

Queria poder ao menos dizer-lhe tudo isso e fazer-lhe um pedido:

"Meu amigo, volte logo."

quinta-feira, 8 de abril de 2004

Já ouviram falar de catarse?

Pois é. Tive uma ontem. Eu estava aqui no computador, conversando no icq e achando que nada mais podia dar errado no dia, que ja fora o bastante quando vejo um bicho entrando pela janela.

Olhei, era enorme. Prestei atenção e era uma barata voadora, daquelas cascudas. E que parou bem do lado do inseticida que eu ja deixo de plantao no meu quarto.

Corajosa, mas enojada, peguei um chinelo. Dei-lhe um tapa, ela desviou e pude pegar meu inseticida. Joguei inseticida nela. Muito. Ela saiu voando e entrou no meu armario que estava com a porta aberta. Foi ai que tudo comecou.

Eu comecei a dar um ataque histerico. No meio do ataque, uma pessoa me ligou. Acordei minha prima com meus gritos. E eu falava coisas que nem me lembro ao telefone. So sei que gritava descontrolada, falava palavroes que quem ouviu jurava nao ser eu. Nao fazia sentido o que eu dizia. Quando fazia eram so palavras de raiva, de odio.

A barata saiu do armario, caiu no chao e eu finalmente pude mata-la. Comecei a me acalmar. Tomei banho, tranquei-me no quarto da minha mae, tranquei meu armario e meu quarto.


Hoje recebi visita logo cedo. Trouxeram-me um ovo de pascoa, calmantes e suco de laranja. Trouxeram-me tambem um pouco de carinho e paz.

Acordei, ouvi musica, conversei, separei as roupas que vou lavar do armario - todas, no caso. Voltei a dormi. Quando acordei, ja tinha ido embora.

Mas fica o meu pedido de desculpas pela confusao. E meu agradecimento por tudo.


(Catarse: liberação de tensões ou emoções reprimidas)
As perguntas de hoje:

Quantas idas e vindas uma pessoa é capaz de aguentar?

Qual o limite da tolerância?


Ao que tudo indica, o meu limite acabou. Nao aguento mais. Essa foi a ultima. E a pior de todas.

quarta-feira, 7 de abril de 2004

E voces sabem que eu ja estou enlouquecendo por ficar tanto tempo em casa... Maldita amidalite.

Hoje ainda consegui pensar em atividade diferente para mim... Vou assistir "As horas". Sempre quis assistir a esse filme, mas sempre faltou-me companhia. E agora que nao ha ninguem para me acompanhar, voltou a ser uma boa opção.

Se na 6a eu ja estiver melhorzinha, vou assistir "Dogville". Ainda que seja sozinha.

O silencio ha de me fazer bem.
Eu ia dizer a ele que se ele precisasse de algum conselho ou de um ombro amigo, que poderia me ligar.

Ele sabe que estou aqui, por isso nao disse.

Nao disse tambem porque jamais teria a isenção necessaria para aconselha-lo da melhor forma possivel.

Preferi o meu silencio e nao dizer coisas obvias.

terça-feira, 6 de abril de 2004

Minha mae esta indo para o Sul encontrar com meu pai. Minha prima vai viajar, provavelmente.

E eu, pelo visto, ja tenho um *otimo* programa para esse feriado: ficar de molho porque estou com amidalite aguda bacteriana.

Minha Semana Santa, ao que tudo indica, vai ser um inferno.

domingo, 4 de abril de 2004

Observação Fútil

Depois dos pés esfolados e calejados de tanto dançar - o que já virou rotina nas festas que vou - , o pior de voltar dessas festas é lavar os cabelos.

Isso porque minhas madeixas ficam belas com a escova. E dessa vez, o cabeleireiro se esmerou em fazer um bom trabalho em meu cabelo.

Mas cheirando a perfume, suor, prosecco e cigarro nao permitiu que eu passasse mais uns dias curtindo o "como seria minha vida se meu cabelo liso fosse" e eu acabei por lava-lo.

Não era água que escorria pelos meus cabelos durante o banho. Eram os meus R$ 25,00 da escova.

Centavo por centavo, tudo foi parar no ralo.
Nossa, que festao!

Fui ao casamento da minha ex chefe e amiga hoje. Ela tava linda! A festa estava otima, o noivo felicissimo.

A animação rendeu. Dancei ate ficar com o pé esfolado. Muita musica boa, a galera do escritorio é um amor.

Eu e mais uma galerinha com quem eu estava fomos os otimos a sair, praticamente expulsos. Um dos advogados ainda saiu carregando uma garrafa de Coca Cola na mao.

Devia ser para curar o pileque. E tinha engov no banheiro, genial. Tomei um antes e um depois para segurar a ressaca de prosecco. Ja tava doida quando tomei o engov. E tomei com um golinho da bebida borbulhante cor-de-perola, para nao perder tempo.

Adoro festas. Adoro dançar. Adoro minha juventude. Esses momentos inesqueciveis tinham de acontecer mais vezes.

Sim, eu ainda to bebada.

sábado, 3 de abril de 2004

Sobre os acontecimentos do dia e da minha vida, este poema diz muito. Aliás, diz quase tudo.

E não estou aqui para ser entendida. As vezes acho que nem para me entender.

NÃO PASSOU
Carlos Drummond de Andrade

Passou?
Minúsculas eternidades
deglutidas por mínimos relógios
ressoam na mente cavernosa.
Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz.
A mão - a tua mão, nossas mãos -
rugosas, têm o antigo calor
de quando éramos vivos. Éramos?

Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira, estarmos sós.
Nada, que eu sinta, passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado.
A pessoa marca de ir ao cinema com um casal de amigos e o namorado. Escolhe lugar, horário e filme.

Chega no cinema e, cansada, dorme o filme inteiro.

Quem poderia ser??
Eu, claro.

Mas quem viu gostou muito de Lição para toda vida.
(Não é um drama chato, mas uma mistura de drama com comédia).