domingo, 15 de outubro de 2006

Meu feriadao acabou antes.

Nao fosse pelo motivo que foi o retorno ao Rio, eu teria ficado bem feliz em voltar para minha casinha, por muitas e delicadas razões para aqui serem externadas.

Minha vovó faleceu. No fundo, tenho de entender que para ela foi melhor assim. Lutar contra um câncer é algo muito complexo e o dela durou muitos anos.

Quando eu soube, há algumas semanas atrás, que a metástase tinha sido para o cérebro e que os médicos deram a ela apenas 1 mês de vida, eu fiquei meio indignada: que bosta de calculadora de vida é essa que os médicos dizem ter? Formulas matemáticas para dizer quanto tempo alguém viverá? Isso é desumano até. Espraguejei todos os médicos que falaram isso, com o aval dos amigos que vieram me contar casos em que seus entes queridos ou conhecidos viveram por mais tempo do que o que os médicos disseram.

Liguei hoje para a minha mae pensando em visitar minha avó assim que voltasse para o Rio e senti pelo tom da voz que minha avó tinha falecido. Enfim, era de se esperar.

Nessas horas passam mil coisas pela cabeça. Chorei e pensei muito. Ponderei se eu havia sido uma boa neta, se eu nao podia te-la visitado mais, se eu deveria mesmo voltar correndo para o Rio, enfim... Valem as reflexões, mas agora não fazem mais sentido algum.

O que me cabe é rezar por ela e pelos que ficaram. E imaginar que em algum lugar ela está bem melhor do que aqui estava. Feliz por retornar aos seus e por ter, assim espero, completado suas missões.

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