quinta-feira, 9 de setembro de 2004

Quando eu fecho os olhos, eu me vejo correndo ate o topo de uma montanha, com as maos cerradas e dou um grito tao alto como se ele fosse capaz de afugentar todos os meus pensamentos repetitivos e esse sentimento estranho - um misto de magoa, raiva, nervosismo, uma vontade de querer resolver a vida e tocar o barco adiante - que tenho agora.

Mas, nao ha montanha alguma, nem grito. Corri e nao cheguei a lugar nenhum.

Eu continuo aqui. Nada mudou. Prolongam-se os problemas, sufoco os mesmos sentimentos, sofro pelas mesmas coisas, vivo cada dia mais da mesmo experiencia - desagradavel. O filme que nao acabou. O basta que nao chega. A resolucao que eu nao tomo. A situacao que nao muda. O cruel sabor da falta diaria de perspectivas.

E o pior de tudo: a felicidade que quer vir e nao pode. Porque eu estou atarefada demais com o que ja devia ter passado. E nao passou.

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