quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

To ficando louca. A amigdalite nao me deixa. Ja tomei antibiotico - 2 ate - e a bichinha sempre volta. Agora estou na saga dos medicos.

Sai do clinico geral, fui pro otorrino. O otorrino mandou eu procurar um infectologista. Que lindo. :P

Vou vender minhas amigdalas. Mas acho que elas nao valem nem R$0,10 nesse estado.

Ou entao vou passar num centro de macumba pra fazer descarrego, tomar passe e na sequencia montar um despacho pra ver se eu fico boa. :P Deve ser espiritual a parada, so pode.

Se eu nao melhorar, vou perder a festa PLOC amanha. E sabe como é... Amanha é sexta-feira e eu preciiiiiiiiiiiso sair pra dançar.

No mais, vidinha calma. Estudando em limites aceitaveis pras ferias, ficando bastante tempo com o boyfriend.

Ah sim, nao contei aqui: to namorando. ;) To bem, to feliz.

So a saude que anda um lixo.

sábado, 19 de fevereiro de 2005

Interlúdio 8

Era vespera de Natal quando terminaram. Talvez a mais infeliz das ocasioes para se estar infeliz. Ela estava. Esteve por muitos dias, podia ate dizer por algumas semanas.

Mas passou. Passou porque estava longe dele e de tudo que lhe fizera sofrer tanto, porque entendera que para ela seria melhor desta assim. Foram felizes em alguns momentos? Ela nao saberia dizer. Nao poderia falar sobre o que era céu e inferno ao mesmo tempo. Definitivamente, eles nao foram feitos um para o outro.

Disse-lhe tudo o que desejava dizer:
- Nao me amaste, disso so eu sei. Deverias ter me deixado ir antes. Teria sido melhor. Nao pensaste em mim. Foste egoista.
Ouviu tudo o que nao queria ouvir:
- Voce nunca me teve no âmago.

Meses depois encontraram-se numa daquelas ocasioes inevitaveis. Ela nao sentia nada. Mas nao queria estar ali por muito tempo. Cumprimentou cordialmente, como faria com qualquer um. Sempre achara que era preciso manter uma distancia apos o termino de um relacionamento.

Ele sorriu e parecia querer puxar algum assunto:
- Voce parece muito bem... E...

Ela nao quis conversar. Sorriu, cumprimentou e saiu.

Por isto mesmo, ele lhe telefonou em seguida. A tecnologia pode ser muito indesejavel algumas vezes:
- Voce esta otima. Parece remoçada. Esta namorando?
- É a minha vida... Nao lhe devo satisfações.
- Ao menos diga-me se esta namorando.

Ela riu. Ele respondeu:

- Me senti como na musica "Olhos nos olhos"(1), do Chico. Com a diferença de que a percepção é minha: voce está remoçada e feliz, como diria a canção.

Ela riu e nada respondeu.

Estava namorando. Com outro, logico. Apaixonada e muito feliz. Havia entendido o que demorou 1 ano para entender: eles nunca seriam felizes juntos.

E aquele amor? Acabou. Foi o mais doce presente de Natal - no meio de tanta amargura e tristeza - que a vida lhe deu.


(1) Eis a canção citada. O Chico é um genio:

OLHOS NOS OLHOS
(Chico Buarque)

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Pílulas

* Porque hoje faz um mês e eu estou muito, muito feliz. Muito obrigada. Por tudo. Pela grata e inesperada surpresa.

* Hoje é a segunda-feira pós carnaval e, em virtude disso, todos nós brasileiros sabemos que agora o ano de 2005 de fato começou. Sabendo disso, acho que vou aproveitar para pensar nas metas de 2005. :P Ainda há tempo e sem medo de atrasos rs.

* Frase do dia. A que se segue, dita pra mim por um amigo meu tentando me jogar de volta para a realidade: "Nao acredito que voce está com medo de fazer uma coisa que voce nao tem vontade de fazer!"

sábado, 12 de fevereiro de 2005

A gente vai aqui, vai lá e acolá.

No entanto, sempre sabemos onde gostariamos de estar.

Mas hoje nao é possivel. Só mais uns dias... Só mais uns dias.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

Cinemaaaaaa!! :)

O Oscar 2005 está chegando e é justamente nesta epoca que pululam nas telinhas de cinema alguns dos melhores filmes da temporada.

O resultado é sempre o mesmo para mim: uma corrida surreal ao cinema, mas nunca conseguindo dar conta de tudo.

Falta tempo. Sempre falta. Dinheiro a gente se vira, escolhe dia mais barato, cinema mais em conta, ve 2 de uma vez para pagar menos passagens de onibus.

Alem do que nao é legal ir todo dia ao cinema, nao é mesmo? Com a minha longa lista de filmes que eu gostaria de assistir, talvez essa fosse a solucao. :P Mas dai eu viveria sozinha nos cinemas da vida, ja que ninguem ia aguentar meu ritmo quase maratonesco.

Alias, o ritmo desta epoca do ano so se compara ao ritmo imposto aos cinefilos de plantao que curtem o festival do Rio de cinema. Fila interminavel, corrida atrás de noticias de filmes para saber qual o melhor, qual a proxima estreia, lançamentos relampagos que so voltarão meses depois para o Brasil, filmes imperdiveis que nunca entrarao em cartaz... Uma tentação de enlouquecer. Mais o problema do tempo.

Bom, para encurtar a conversa, eis a minha lista de filmes que eu quero assistir:
(Nao esta em ordem de preferencia)

1) Machuca
2) Sideways
3) Closer
4) Menina de ouro
5) O aviador
6) Ray

Devo estar esquecendo de algum. Dos filmes perdidos ate agora por falta de tempo e organizacao temos: Peões, Entreatos e De lovely. :P Espero nao perder mais nenhum. Rs

Ah, vi Em busca da Terra do Nunca e adorei. Chorei e tudo. Mas é o que eu digo: eu choro ate em comercial de pasta de dente, entao nao conta. :P

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

A vida tem me enchido de presentes. Depois de uma epoca muito dura e de grandes mudanças.

Falando com a Mariana (http://www.fotolog.net/lelecameleca) a respeito disso, ela me disse:

- Parece que a vida estava esperando que voce abrisse mao das coisas que voce nao queria, mas precisava soltar para lhe dar uma grata e inesperada surpresa.

Acho que é isso mesmo.


Pilulas de carnaval

Nao pude pular carnaval todos os dias. Tive recaida da amidalite, mais 10 dias de antibiotico. Carnaval de cara limpa, mas bem acompanhada.

Foi calmo. Sessoes de DVD`s, alguns passeios aqui e acola. Cinemas e restaurantes.

So um dia mesmo corri atrás de bloco carnavalesco. Mas foi um grande fiasco... Perdemos os 2: o cordao do bola preta, por conta da hora e a banda de ipanema por conta da chuva e da minha febre que cismou em atrapalhar o carnaval.

Hoje acho que foi o dia que cheguei mais cedo em casa. Coisa de quarta-feira de cinzas.

A gente sabe que tá chegando em casa tarde quando o porteiro vira e responde ao nosso boa noite, um sonoro e expressivo:

"- Bom dia, Andrea!"

Uai. Eu tava indo dormir. :P


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

Fidelidade
(Um post longo e sério)

Olhando meus arquivos, achei isso aqui. Justamente algo sobre o que eu tenho pensado muito ultimamente.

Vejam o que eu pensava la pelos idos de 2001:

"Sabe o que eu penso sobre isso? Penso que é muito relativo. Sim, eu tenho aqueles papos modernosos de que fidelidade não é o essencial numa relação. Essencial é respeito e carinho. Fidelidade deve ser um acordo e não uma imposição social. Não é só porque dizem que devemos ser fiéis que eu vou ser. Eu sou fiel ao acordo implicito ou explicito estabelecido entre mim e o sujeito com o qual estou me relacionando. Se chegarmos a conclusão de que não vamos trair, não deve haver traição. E traição é relativo. Não é necessariamente algo físico. Se o cara que tá saindo comigo chega e me diz que ficou a noite toda com uma garota, eu vou levar numa boa. Peço até os detalhes, se bobear. Eu vou ficar mesmo preocupada se estiver havendo envolvimento emocional. Aí sim, o papo é outro. Beijar na boca não é trair não... Pelo menos não para mim. Trair é quebrar o acordo da relação, desrespeitar.E pau no cu desses que dizem que amor não existe sem fidelidade. O meu amor é poligâmico.O amor é singular, diferenciado em cada relação."

No final de 2003, eu tinha as seguintes conjecturações:

"(...)É que eu venho pensando sobre os modelos de relacionamento que vivemos. Me parece bem claro que estao esgotados, que pretendemos repetir o modelo de namoro da epoca de nossos avos, mantendo alguns valores, mas com a diferenca de podermos fazer sexo (antes que algum chato de plantao reclame: é uma metafora, ok?). Mas qual seria a alternativa?Na verdade, a pergunta se resume a: fidelidade e exclusividade sao importantes ate que ponto? O que essas duas coisas garantem de fato em uma relacao?? Afinal, é possivel transar sem amor. Transar sem se sentir traindo. Amar e ficar com outro, continuar amando e ficar com o amado e com o outro tambem, tudo ao mesmo tempo agora. E sem prejudicar o sentimento....E o mais interessante de tudo... Podemos transar com amigos sem que eles deixem de ser amigos sem inviabilizar a continuidade da amizade e/ou do sexo ocasional.Nisso tudo, como ficam os sentimentos? Como devemos nos colocar diante de tantas possibilidades e novidades? Qual é o modelo de relacionamento que pode atender as expectativas? Os compromissos do carinho e do respeito sao suficientes, neste caso?Isto porque muito embora tudo que eu ja expus seja viavel, queremos sim ter alguem ao nosso lado. Mas as vezes parece que o que temos nao é o suficiente. Buscamos mais. Buscamos felicidade plena e absoluta... O risivel ideal.Sao essas as perguntas para as quais meu coracao nao encontra resposta, muito embora eu consiga construir bons modelos teoricos, mas furados por essencia. E é na resposta que mora, por hora, a chave da minha tranquilidade. Talvez so mesmo ouvindo o coracao em cada caso para se saber a resposta. Mas o coracao mais cala do que fala... Porque, diferentemente de mim, que preciso de explicacoes racionais e plausiveis, meu coracao se preocupa em curtir o instante."


Um dia eu falei para um amigo: "Nao entendo para que serve a fidelidade. No dia que entender, vou ser a mulher mais fiel do mundo."

A vida deu voltas e voltas e hoje eu estou aqui: achando fidelidade importantissimo, pre-requisito de qualquer relação. Nao vou saber colocar em palavras porque passei a achar a fidelidade importante. Talvez seja mais um sentimento do que propriamente uma elocubração cheia de racionalismos. Ou entao a constatação mais simples de todas, decorrente das minhas experiencias pela vida: sem fidelidade nao dá certo. Nao estou preparada para lidar com a infidelidade e suas decorrencias. O outro tambem nao esta preparado para lidar com isso, por mais que diga que sim. No dia em que eu conseguir por em palavras mais claras o porque da importancia, eu conto para voces.

Mas continuo achando que toda regra para valer deve ser explicita. Deve-se conversar sobre isso. No entanto, nao sei se hoje eu aceitaria um relacionamento sem fidelidade. Para que? Nao funciona mesmo!

E sem esse papo de envolvimento emocional que caracterizaria a traição, como falava de 2001. Ficou com outra = traiu. A regra é clara. E fim de papo.