quinta-feira, 14 de setembro de 2006

"Brigas de casal

Naquele dia, o casal brigava como nunca. Insegurança dele, impaciência dela em lidar com aquelas reclamações sobre coisas do passado. Passado no qual eles sequer tinham algum envolvimento amoroso.

Uma hora ela se encheu da cara amarrada dele, de argumentar exaustivamente. Começou a arrumar suas coisas para ir embora.

Ele perguntou aonde ela estava indo. Ela lhe respondeu que iria para casa, que estava cansada daquela discussão infundada.

Ele saiu, foi ao banheiro e voltou arrumado para sair.

- Onde voce vai?
- Vou te levar em casa. Não vou te deixar sair sozinha de carro as 4 da manhã em uma cidade perigosa como a nossa. Eu vou no carro com você e depois volto de onibus para casa. - respondeu ele.

Naquele instante, ela parou de arrumar sua mala. Parou, respirou fundo, puxou ele pela mão, deu-lhe um abraço e voltaram a conversar civilizadamente."


Existem relações das quais a gente não pode simplesmente ir embora. Os vínculos formados não permitem que abandonemos determinadas pessoas, esquecendo tudo o que um dia se passou. Esmagando sentimentos como quem pisa em uma bituca de cigarro.

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

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