sexta-feira, 24 de julho de 2009

Quem me conhece sabe que não costumo expressar sentimentos por escrito. Explico: nada de cartões, mensagens fofinhas (ok, sms são liberados). Nao espere de mim nada por escrito, quase que contratualizado, uma carta de sentimentos e intenções. Eu nao escrevo nem "de para" em presentes. Gosto de me poupar das obviedades e da cafonice que permeia esse tipo de ações.

Acho que sentimentos se demonstram por ações. Uma palavra na hora devida, uma atenção precisa e até mesmo um cafuné. No futuro, as pessoas lembrarão de mim pela amizade e pelo amor que lhes devotei e não pela beleza de um cartão que escrevi. Cartão este, aliás, que daqui a 20 anos terá se perdido no tempo, rasgado, sumido em uma mudança.

Não, eu nao sou desprovida de nocao social e eu sei que os outros gostam de cartões e cartas em geral. Bom para eles, ne? rs

Esses dias eu escrevi uma carta. Carta mesmo, em papel, de próprio punho, pra mandar pelo correio. Tem nocao do quanto isso representa pra mim? Do quanto isso é uma quebra nos meus paradigmas de vida e no que eu acredito ser adequado para a minha vida e dos que me cercam?

(Ok, e voces pensaram que eu super preciso de terapia para lidar com meu bloqueio de expressar sentimentos. Pode ser que estejam certos. rs)

Imaginaram o que falei, ne?

Ok, eu vou ser justa e falar que foi precisei escrever para não sufocar. Mas é um grande passo para mim, algo muito grandioso. Tem noção do quanto isso me custou psicologicamente? rs

Só torço para que a carta atinja os objetivos que eu imaginei para ela ao escreve-la.

*Esperançosa*
E ao mesmo tempo, preparada para quebrar a cara.

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