quinta-feira, 5 de fevereiro de 2004

Pequeno ensaio sobre o perdão

O maior problema reside no fato do perdão ter de ser uma iniciativa nossa. Deixar o orgulho de lado, entender os motivos do outro e compreender. Compreender da forma mais absoluta: com o nosso coração. Porque só assim é valido. Perdão não se faz com palavras. Mas com sentimentos. E se traduz em alívio para quem perdoa e, na maioria das vezes, para aquele que foi perdoado. Porque perdoar é liberar o coração de um ônus.

Por isso mesmo, somos capazes de perdoar de graça, de barato. No fundo, quem precisa de perdão, é exatamente quem perdoa e não o perdoado.

Isto porque o perdão é para amenizar o peso de uma magoa. Só nós podemos diminuir determinados pesos de nossas vidas porque fomos nós que os trouxemos para dentro delas.

E dói muito perdoar com o coração e continuar levando pedradas...

Eu sei bem.
Justamente aí o lugar onde meu perdão não consegue alcançar.

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