quarta-feira, 21 de abril de 2004

Interludio 4

Ja havia um tempo que os dois nao estavam mais juntos. Ela finalmente tivera um impulso de coragem e pusera fim em tudo. Mas viam-se todos os dias e isso era inevitavel.

Na verdade, o que era inquietante e ao mesmo tempo acalentador era saber que o teria por perto durante muito tempo. E sim, ele ainda era o seu amigo de sempre.

Em inumeras conversas, ele pedia para continuar a ve-la. Dizia-lhe todos os elogios que encantariam e ainda aqueles que enrubresceriam a face qualquer mulher. Mas ela parecia firme em suas posicoes. Se as vezes as palavras lhe traiam e voltava a confessar seus desejos secretos, suas atitudes eram inegavelmente coerentes e fortes com tudo o que ja lhe havia dito.

Os dois estavam sozinhos no elevador. Ela foi para um canto e mantinham uma conversa animada. Ate que ele roubou-lhe um beijo.

Ela nao retribuiu e nao alterou a expressao de seu rosto, para a decepcao dele.

Perguntada o motivo, disse-lhe:
"Esse beijo representou algo tao dispare do que espero e quereria com voce que nao eh possivel que ele me desperte nada alem da saudade do que nao vivemos."

Nenhum comentário: