sábado, 21 de agosto de 2004

Ontem fui assistir Olga. Gostei muito do filme. Mas so gostei porque fui sabendo que nao se tratava de um filme historico. A historia, alias, é apenas cenario. É muito mais uma historia de amor entre um homem e uma mulher do que qualquer outra coisa. Chorei muito. Fiquei com nariz vermelho e os olhos inchados.

Mas eu choro até em comercial de maionese.

Daqui a pouco vou sair de casa para jogar RPG. Bom estar com os amigos, nao? Talvez eu precise disso para melhorar meu humor.

O Edu me mandou uma poesia linda, que aproveito pra dividir com voces.

Segredo
(Carlos Drummond de Andrade)

A poesia é incomunicável.
Fique torto no seu canto.
Não ame.

Ouço dizer que há tiroteio
ao alcance do nosso corpo.
É a revolução? o amor?
Não diga nada.

Tudo é possível, só eu impossível.
O mar transborda de peixes.
Há homens que andam no mar
como se andassem na rua.
Não conte.

Suponha que um anjo de fogo
varresse a face da terra
e os homens sacrificados
pedissem perdão.
Não peça.

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