segunda-feira, 7 de janeiro de 2002

Texto escrito durante o último tempo de aula no colegio. Texto e assunto frescos na minha mente. A situação é bem universal... ;)


Te...

Nem um nem outro têm coragem de pronunciar tais palavras. O casal se entreolha e repete, motivados quase que por uma compulsão: "gosto muito de você". Mas tal frase não se basta para descrever o que sentem. Há uma inegável – e temida – intensidade por trás de tudo que se vive agora. Há medos de faces desconhecidas espreitando a cada passo mais ousado. Os dois se olham, numa tentativa de não falar tal expressão. Pela cabeça deles passa apenas o desejo de não iludir-se e, principalmente, de não precipitarem-se.

O tilintar das horas é esperado ansiosamente para que sirva de teste para o que se sente. E eu não vou falar sobre isso agora. A essa hora, minha certeza reside em dizer: “gosto muito de ti” e em saber que eu não vivo sozinha essa deliciosa “angústia”.

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