E nao era simplesmente porque um dia ela disse que o amava que ficaria vinculada a tal promessa.
Ela realmente o amara naquele momento e foi sincera como nunca ao proferir aquele "Eu te amo". Alias, aqueles. Proferira tantas vezes porque sabia que precisava da crença dele no seu sentimento.
Mas nao: ele queria o amor dela nao apenas enquanto tivessem juntos. Queria para sempre. Ainda assim, nenhuma forma de amor seria bastante para ele: as palavras nao lhe eram tudo. Ele queria demonstracoes, provas fisicas e cabais do que ela dizia sentir por ele.
Aquilo ela nao sabia como lhe dar. Porque achou que seu amor deveria ser para sempre livre e receber crédito apenas por aquilo que dizia; achava, inclusive, que o seu sentimento prescindia das palavras; era obvio, tangivel.
Reconhecia que seu amor era condicionado. Jamais continuaria a amar por muito tempo caso nao tivesse uma reciprocidade de sensações e mais ainda: sabia que tal coisa nao era exigivel.
Com o passar do tempo, repleta de cobranças da parte dele e com os acontecimentos inesperados na vida dela, os dois separaram seus caminhos.
Ela se ocupara em reconstruir a vida. Já tinha outra pessoa ao seu lado naquela manha em que ele ligou com a pergunta.
Queria ele saber se aquele amor poderia mesmo ter se acabado tao repentinamente.
sexta-feira, 12 de março de 2004
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