quarta-feira, 5 de maio de 2004

Como para mim o sentimento do dia é o amor, vou colocar aqui diversos fragmentos de cronicas do Joao do Rio que falam coisas sobre o tema. Sao oriundos de textos que me vieram por maos muito especiais.

Apesar de nao parecer através dos trechos que aqui inserirei, este amor a que venho me refindo nao é aquele amor homem e mulher, muito embora possa sê-lo tambem, desde que nao estereotipado e idealizado ao extremo, sem aquele romantismo pejorativo. Trata-se de um amor diferenciado, singular existente em cada uma das nossas relacoes. Nas relações entre as pessoas, sejam estas pretendentes, namorados, amigos, parentes...


"Como era frágil! E sem nunca lhe ter dito uma palavra, sem lhe saber o nome, atraíra-a, roubara-a, não só ao marido, mas ao outro ou aos outros. Talvez não amasse nenhum deles. Com certeza. E, se amasse, agora eu existia sempre de fato entre ela e qualquer - porque alma sensível em corpo esplêndido ela aspirava inteligentemente ao delicado."
(in 'A maior paixão')


"Eu tivera espiritualmente uma absoluta conquista, eu imaginara tudo quanto o amor pode dar; graças àquela mulher os meus nervos vibraram várias semanas, o meu cérebro criou uma ação belamente realizada, o meu coração tremeu no vórtice da realidade com medo ao fim feio da vida e salvou-se ainda graças a ela. Foi a mais perfeita paixão da minha vida."
(in 'A maior paixão')


"Amar é sofrer, mas ser amado é o cataclismo. Nao se pode fazer mais nada. (...) Ao demais o Elifas Levi já teve uma frase lapidar: '- Queres possuir? Não ames! Nós, sem inteligência, em vez de possuir, somos possuídos. A inteligência é um perigo no amor."
(in 'A amante ideal')

Nenhum comentário: