domingo, 12 de agosto de 2001

Barroco!
Eu ando fazendo coisas tão estranhas, coisas que eu nunca faço mesmo. Fui assistir a um espetáculo no CCBB que constava de árias barrocas sendo interpretadas de uma forma modernosa. Muito legal mesmo. A interpretação dos caras tava ótima, a orquestra tava linda... E o que que é o som de um cravo? É lindo demais! De quebra, ainda descobri que diabos é um oboé. Gente, é um instrumento de sopro. Não sabia não... Só sei que o curso com a menor relação candidato/vaga da UFRJ e que tem 1 única vaga. :P
O espetáculo é bem legal porque tira o formalismo que tem a maioria das apresentações de ópera (?), dando mais movimento às cenas e menos formalidade. Coisa que até quem não é "iniciado" consegue gostar.

Depois estávamos lá... Eu e a Maria em pleno centro da cidade num sábado à noite. Lindo. Tudo deserto e meu medo fazia com que não passasse nem agulha com britadeira. Batemos em retirada até o ponto de onibus mais próximo. Até que o ponto não tava tão bizarro não.. Tava bem iluminado, tinha um mc donalds perto e bastante gente, inclusive outras meninas na mesma situação que a gente. Finalmente conseguimos pegar o onibus e fomos para o Jardim Botânico.

No trajeto, eu e a Maria fomos conversando assuntos para deixar qualquer pai de família de cabelos em pé. Coisas bizarras do universo feminino mesmo e mais bizarras quando dialogadas por duas maluquetas.
Putz e que revelação sobre o gosto de homens dela. Fala sério. Ela só gosta de uns tipos muito esquisitos, mas em compensação, ela gosta de todos os que eu gosto. Putz de novo.

Tablado
Fui assistir a mostra de esquetes do tablado por causa de uma amiga nossa, que trabalha numa das esquetes. Ela trabalhou muito bem e tals. Mas, eu nem achei a melhor esquete nao. E olha que eu sou a maior baba ovo dos textos do Luis Fernando Veríssimo, tenho até Comédias da Vida Privada e já li algumas crônicas várias vezes.
As melhores mesmo foram a do Dick Tracy e uma outra que falava de estupro. A primeira, colocava personagens do Dick Tracy para atuarem apenas em função da música, sem proferir nenhum diálogo. Ficou ótimo, super cartoon. A última, falava sobre uma coisa horrorosa que ainda acontece direto na nossa sociedade... Estupros. O legal foi que eles colocaram os personagens vestidos com trajes tribais, relacionando estupro com coisas primitivas. Isso foi foda. E o texto era algo lindo, de babar mesmo. Eles nem contaram a parada de uma maneira triste não, mas deu para passar toda a idéia e emocionar mesmo.

Depois de ter encontrado com meu ex-namorado e meu ex-melhor amigo (sim, eu tenho um ex melhor amigo. Pasmem.) e feito uma social com a galera, eu fui comer cachorro quente no select com a Maria. Tudo para ficar bem longe de lá. Blah. Ficou um climinha meio chato depois de um tempo de social. Enquanto a Maria comia e eu bebia um refrigerante, acabei refletindo sobre várias paradas que me deixaram muito bolada mesmo.

De lá eu fui prum ponto de onibus na Lagoa. Tava sozinha e tudo estava deserto ali. Mais um momento de panico. Desisti de esperar o onibus em função do medo e peguei um táxi até em casa. Quase achei que era melhor ter esperado pelo onibus. Pensei que o cara do táxi fosse me sequestrar! Ele tava me comendo com os olhos, dando em cima de mim descaradamente, forçando diálogos. Nem pedi prele entrar no meu condomínio não. Eu, hein. Vai que ele era tarado mesmo. Tá, eu acho que tou viajando.

Frase do momento
Essa foi tirada de uma matéria ne revista domingo com Fernanda Young e Alexandre Machado. A pérola é da Fernanda.
"Depois da gravidez tenho feito um esforço incrível para ficar igual aos outros. Antes eu tinha uma coisa guerreira de ser diferente. Agora quero ser igual. Por isso não temos rancor nem humor jocoso. Os normais somos nós tentando nos adequar. Sou eu frequentando a pracinha" [OFF: ela leva as filhas todo dia para a pracinha.]
Caraca, eu partilho desse sentimento dela...

Outros
Pensei no meu relacionamento com o gatinho enquanto a Maria comia no posto de gasolina. Tá trevas, tá horrível.
A gente se dá muito bem em determinados aspectos, mas ele tem se mostrado um egoista de primeira, coisa tipica de filho unico (e dai? eu também sou filha unica e nem por isso sou tao egoista). Alias, eu acho que nem quero falar sobre isso não. Mas cresce a cada momento a vontade de dar um chutão na bunda dele e uma raiva colossal por certas paradas cruciais que vem acontecendo. Argh.

Incrível como a gente vai levando a nossa vida e custa a parar para perceber o que tá sentindo. Foi tanta farra como válvula de escape que eu nem percebi como esse assunto me incomodava.

Merda, preciso resolver isso. Mas como? As coisas são simples? Não... 'ces é que pensam...

Por essas e outras hoje é dia de promoção "me elogie e leve um tiro"...


PS: Os blogs do Desembucha voltaram! Aproveitem para conhecer Evasão de Privacidade e Cantinho Terrorista.
PS2: Criei uma rádio pra mim lá no Usina do som que tem o super criativo nome "Micasa". Quem quiser ouvir, chega lá... Ainda tá em montagem... :)

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