quinta-feira, 2 de agosto de 2001

Gente, o CEP 20000 foi foda! Uma experiência de vida, mil vivências mesmo. Num dá pra descrever o que foi, só estando lá para SENTIR qual foi a onda da parada. Era aniversário do CEP, 11 anos... E por isso, foi uma apresentação especial que contou com poesias de ilustres anônimos e famosos, dando o ar de sua graça e alma.

Lindo...
Dos anônimos, o mais foda foi um tal de "Baia" que parecia conversar com a gente e do nada, entrava com uma poesia ao violão e a gente nem sentia... Parecia que ele continuava falando. Bem-humorado, nada de letras de músicas mal humoradas. O cara tava mesmo é poetando ao violão.
Dos ilustres, teve a Talma de Freitas tocando com o pai, que também é um famosão arranjador e maestro. Eu é que sou besta e não lembro o nome do cara, apesar da Rita (minha amiga) ter me repetido várias vezes. Enfim, o que importa é que eles formaram uma dupla e tanto. O cara arrasou no piano e ela, na voz. Ela encantava a gente com pequenos gestos e nuances de voz, dancinhas leves e ligeiras. Lindo. Fiquei emocionada.
Quando eu pensei que a minha emoção já tava por terminada, entrou a Leandra Leal e uma garota, cujo nome também não me lembro. A garota tocou piano e a Leandra interpretou um texto que ela fez para aula de filosofia da faculdade. Lindíssimo. Era assim... bem Clarice Lispector. Muito emocionante. Eu nem me liguei muito no texto não, fiquei pensando e vendo mais foi a atuaçãi dela... Que presença de palco incrível! Ela ocupou um semi-circulo que nos abrimos entre a parte platéia que tava no chão e ocupou todo. Ela ocupava tudo, o espaço, o tempo, nossos olhares, nossos sentimentos... Como ela mesma disse no texto, ela criava vários mundos, dentro de cada um de nós. Obvio que ela foi muito mais poetica do que isso, mas é o que eu consigo transmitir para vocês, da melhor forma que posso.

O único problemito é que eu tou um cigarro só. É que geral tava fumando cigarro lá. Dá pra sentir meu cheirinho de longe... :P Arght!

Para quem não sabe, o CEP 20000 é um centro de experimentação poetica, que conta sempre com a presença de alguns famosos e algumas bandas. Tem também momentos de palco aberto para que os anônimos possam declamar suas poesias ou tocar suas musicas. Rola lá no espaço cultural sergio porto, no Humaita e custa R$2 até as 19:30 (acho eu).

Bom, é isso. Vale MUITO a pena.

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