terça-feira, 2 de abril de 2002

No aeroporto de Curitiba, eu comprei um daqueles pocket books. Há varios titulos interessantes e os preços sao bem acessiveis. Ha de se dizer que preço de livro as vezes me impede de ler um ou outro titulo. Livro tinha de ser mais acessivel, ser feito d papel jornal mesmo, ter uma encadernacao mais barata (isso nao significa ser de pessima qualidade) para todo mundo ler mais. Porem, eu tenho certeza absoluta que nenhuma editora tem preocupacao com isso. Uma pena. As vendas aumentariam na certa. Teriam lucro. Mas boa parte dos empresarios brasileiros gosta de lucrar pelo preço alto e nao pela venda em qualidade. Mentalidade burra.

Dai eu pude comprar algo que eu sempre quis ter em casa: uma pequena antologia do Mario Quintana e paguei menos de R$10. So fiquei mesmo me lamentando por nao ter encontrado uma biografia do autor, um texto breve dissertando sobre o seu fazer poetico. Sabe, eu me interesso muito pelas motivações e pela vida do autor. Gosto de fuxicar sua obra, de ver em que medida sua vida influenciou em seus textos, mesmo que sejam analises meramente superficiais. É isso que me agrada em literatura.

Claro que os textos sao uma atracao a parte. Mario Quintana me traz uma grande ternura ao le-lo e palavras sabias, mas simples. Gosto de simplicidade também. Nao se trata de uma identificação imediata, um mergulho introspectivo como os que os textos da Clarice Lispector me proporcionam. Mas eu gosto, me sinto bem e feliz ao le-lo. Até separei umas coisas dele para colocar por aqui e já coloco.

Eu vim lendo os textos no aviao e depois no onibus e pensei que fosse chorar. É a beleza das coisas simples mesmo.

Nenhum comentário: