segunda-feira, 29 de setembro de 2003

Depois de uma maravilhosa incursão a Campo Grande, cheguei em casa intacta. E com a casa vazia. Adoro chegar em casa e nao ter ninguem. Nao é pela presença dos meus pais, que em nada me atrapalha. É pelo silencio. Oportunidade de ouvir o silencio e relaxar.

Meu pai chegou em sequencia, é verdade. Mas a boa sensacao da ausencia de todos jah me fez bem.

Meu pai é muito fofo as vezes. Ele chegou todo animado para me mostrar o que ele aprendeu na aula de hoje sobre direito penal. Ele esta estudando para concurso e dai tem essas aulas de vez em quando. Ficamos um tempao conversando sobre a materia e vez ou outra ele se enrolava para me explicar. E ai eu parava tudo e tinha de explicar a ele o que ele nao estava entendendo.

Eu ainda nao sei quase nada de Direito Penal, mas, diferentemente do meu pai, eu tenho uma coisa que esta sendo construida (e do jeito que estudo, sera muito bem construida) ao longo da faculdade: o raciocinio juridico. Isto é mais importante do que voce saber todos os codigos de cabo a rabo, estudar as divergencias doutrinarias, etc. E é bem mais dificil, com certeza.

Eu conheco um cara que tem carteira da ordem dos advogados, mas, na minha opiniao, nao é advogado. Falta a ele conhecimento basico, falta o raciocinio juridico, falta a curiosidade e a vontade de aprender sempre mais. E sem isso, definitivamente, nao se faz um bom advogado.

Alias, diga-se, nao se faz nenhum bom profissional sem estudo e dedicacao.

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