domingo, 26 de outubro de 2003

Eu devo ser meio boba mesmo, meio criança. Finalmente consegui criar um grupo de discussao pros amigos do grupo de poesias... E a primeira a se inscrever foi justamente a JuliaK, que esta laaaaaaaaaah em Israel.

E escreveu assim:

"So queria dizer que eh tao bom estar com os amigos, e a distancia eh igualmente bom receber sinal de vida deles."


Fiquei com os olhinhos cheios d´agua. Fiquei lembrando das noites de bebedeira. Ela bebeada, repetindo insistentemente: "É tao bom estar com os amigos" e filosofando sobre tudo que estava a volta, do copo a roupa do Henrique.

Saudades dela.


Da falta de comunicação

E isso tudo no momento em que eu estava conversando com o Fred sobre os problemas da linguagem. No fundo, o exercicio da comunicacao eh extremamente impreciso. As palavras sao entendidas sempre pela otica pessoal de quem ouve. Sendo assim, é impossivel haver precisao extrema no entendimento de um sentimento seu. De repente ficou parecendo que um abismo, um oceano separa o que sentimos daquilo que expressamos. E é nesse exercicio diario e imperfeito que a gente vai vivendo... :)

No fundo, é frustrante saber que ninguem nunca vai poder partilhar na exatidao os seus sentimentos. E eu quero muito ser entendida sempre.

Acho que é o que todos nos buscamos... O conforto da compreensao alheia.

E a verdade é que ele nunca vem.

Talvez venha apenas a compaixao.


Obstinação pelas palavras

Na forma do Houaiss, compaixao é: "sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor". É antonimo de malevolência e sinônimo de beneficiência e comiseração.

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