sábado, 25 de outubro de 2003

Mais uma sexta-feira. Mas essa foi bem especial.

O dia no trabalho tranquilo, um sossego so. Muito trabalho, mas deu para fazer tudo e com calma. Deu ate para ajudar um outro estagiario com as tarefas inesperadas de uma 6a feira a tarde. (Ou tortura inesperada).

À tarde fiquei me perguntando o que faria numa sexta feira tao sem ideias como essa e ainda mais nessa minha atual fase. Resolvi entao ligar para um pessoal que eu nao saia junto ha um tempinho. Tudo bem que foram ao meu aniversario alguns deles, mas sentia falta das nossas reunioezinhas informalissimas e muito ricas.

Liguei para o Henrique que prontamente topou no mesmo batlugar e no mesmo bathorario e fiquei tentando ligar pro povo. No fim, o Henrique avisou a Rita que avisou a JuB que ligou para o namorado dela, o Caio e todos nos estavamos la. Dessa vez eu me atrasei. Tinha perdido a pratica de andar com gente pontual hehehe.

Levei meu primo comigo. Acho que ele gostou do pessoal. Tenho tentado apresenta-lo a alguns dos meus amigos.

(Ele ate tentou ficar com uma amiga minha. Mas, nos dizeres do Will, se o Flavio [meu primo] é o homem carretel, a Michele é a mulher corda e ficou tudo no 0 X 0 a noite toda. Hehehe.)

Demoramos a conseguir mesa na Academia da Cachaça, mas quando conseguimos, tratamos de colocar os assuntos em dia e de fazer a velha e boa rodada de cocada geladinha (uma frozen de coco com agua de coco e cachaca). Foi otimo, como sempre.

Pude me sentir mais feliz, perto de amigos. Nossa, talvez eu estivesse sentindo muita falta dessas saidas.

Lemos poesias, mostrei meus novos textos, falamos abobrinhas e fizemos planos. Ah, e agora temos uma lista de discussao so dos nossos. Espero que renda bastante



Que especie de pessoa é voce?

Eu nao sei quanto a voces, mas frequentemente me fazem essa pergunta. As vezes eu mesma me pego fazendo-me esta mesma pergunta. Enfim, cada dia mais comum.

Meus amigos hoje me fizeram essa mesma pergunta... Tudo em razao deu ter pedido para a minha mae, de presente, um dicionario Houaiss da Lingua portuguesa. É, tipo... quase que de presente de niver.

Só a Rita entendeu meus motivos (até mesmo porque ela pediu esse dicionario de natal). Eu sempre quis ter esse dicionario. Tudo bem que na minha casa tem o Aurelio e tals... Mas esse Aurelio daqui é velhissimo... Nao que isso faca alguma diferenca, alem de alguns verbetes novos...

Mas é que o Houaiss tem um trabalho de pesquisa e seleção mais recente, é um dicionario mais completo, que traz sinonimos e antonimos, milhoes de outros significados (tem inclusive mais verbetes), pronunica correta, data em que entrou no portugues e fonte dessa dataçãao e outras coisas que o Aurelio nao traz.

As palavras sao a minha vida. Amo-as por demais. Delas faço meu hobbie, meu estudo e um dia farei meu "ganha-pão"... Gosto de senti-las, de aprender a ouvi-las e de ver como funcionam. Dicionario para mim é livro de cabeceira, uso sempre que preciso e com muito gosto. Até para esclarecer conversas de icq... Sempre é fonte de aprendizado. Nao ha exagero em seu uso.


Mil Ideias

E lendo as citacoes que abrem o dicionario, vi uma frase que adoro e que já postei uma vez aqui:


"Os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo."

(Ludwig Wittgensttein)



O legal de ter blog ha um tempinho é poder puxar dos arquivos os posts antigos e ver o que, naquela ocasiao foi escrito sobre determinado assunto. E assim foi meu comentario sobre essa mesma frase, em 19 de janeiro de ano que nao sei qual foi (2001 ou 2002 - o blog nao grava os anos - acho que nao contavam com blogs tao longos):

"Entendamos linguagem como a ampla forma de comunicação que se pode dar entre os seres e não apenas como algo verbal. A gente sempre busca meios de nos fazermos entender, de nos expressarmos e somos limitados por nós mesmos nessa expressão. Engraçado pensar nisso, não? Nós nos limitamos... Nós vetamos de tantas coisas...
Para Bandeira, a perfeição era quase a morte. Ah, se nos buscassemos menos a perfeição e mais a realidade! :)"



E acrescento... A linguagem nao dita é ainda uma forma de representar os nossos sentimentos que nao conseguimos transmitir facilmente para outros. Nosso mundo pode ser ainda mais limitado se pensarmos o quanto nos calamos... E quantas vezes nao deixamos de falar coisas? Todo o dia, todo o tempo. Algumas ideias perdidas viram vento, outras magoa, outras amor e as melhores delas viram ate mesmo lições e poesias.

A mesma poesia que me faz estar sempre tao perto de mim mesma. E tao longe do que eu realmente sinto.

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